sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aborto é solução?

Aborto é solução?



Solução exige a existência de um problema para ser resolvido. Qual o problema para o qual o aborto seria solução? Responda você! Para mim a vida não é um problema, a vida sim, é solução.


Tenho perguntado diretamente, para o maior numero de pessoas que conheço: você gostaria de ter sido abortado? A resposta também é direta: não. Ninguém quer morrer. Pergunte a um doente na cama vitima de doença terminal e ele dirá não. Pergunte a um individuo em uma cadeira de rodas e ele dirá: não. Todavia só pode decidir sim ou não quem nasceu. Um filme que roda a cidade, ( que será disponibilizado mais uma vêz nesse Blog) inclusive nos meio das lideranças políticas ( que estiveram ao nosso alcance) mostra que a vida se defende mesmo na vida intra-uterina. A vida intra-uterina não é passiva, é ativa. Ou seja, concebida a vida humana, ela reage em ações de proteção, e luta pela manutenção de si mesma. A vida tem força própria e intrínseca.


Se não queremos morrer porque somos tão tendentes a matar? Não estamos violando a regra de ouro da Sociedade? Não faça ao próximo o que não gostarias que fizessem a ti mesmo.
Ninguém aceitaria se alguém promovesse a esterilidade do solo. Muito menos ninguém aceitaria se eu propusesse a esterilização dos animais. Agora, de uma maneira quase consciente, nós queremos a esterilização da humanidade, como se nós fossemos a doença do planeta, a solução para a manutenção da vida seria a extinção da espécie humana. Vida sim, mas não a humana.

A Vida é coroada no ser humano. E nós queremos que ela acabe em latões de lixo! A coroa de louros da vida acabe nos latões de lixo das clinicas de aborto?
Temos horror ao sofrimento, e matamos para não sofrer. Matamos não para evitarmos o sofrimento dos outros, mas para nos livrarmos da carga de sofrer pelo outro. Ou seja, não sabemos amar.
Todo amor depende de alguma concessão, e suportar o outro é sofrer muitas espécies de dor, de limitações, de ofensas. Se quisermos amar, devemos apreender a viver alguma castidade. Ter relações sexuais não é um esporte, pois gera a vida, gera um novo ser que nos obriga em deveres, direitos e responsabilidade. Pelo aborto não queremos matar a criança que não conhecemos, queremos matar a responsabilidade e os deveres de ter gerado, e gerado irresponsavelmente a vida. Queremos matar a perda de liberdade, a missão da paternidade e maternidade, o dever de alimentar e cuidar do novo ser. Queremos-nos matar o que nos incomoda. Não estamos nem ai para a vida que brota no seio materno. Pensamos em nós. Vamos procurar nos ridículos argumentos do egoísmo, a desculpa e a justificativa para realizar a morte. Sentimo-nos poderosos ao nos livrarmos da humilhação de sermos dependentes das circunstâncias da vida, co-responsáveis pelos nossos atos, quando pela morte, eliminamos aquilo que acreditávamos ser o problema. Abortei o problema. Mas vamos caminhando cegos de encontro a outro tipo de problema, a desvalorização da vida humana, que tem fomentado a violência, pois se os pais encomendam a morte dos próprios filhos, o que esperar como atitude daqueles que sem perspectivas, e são testemunhas, e não só não valorizam a própria vida, nem o amor e autoridade de seus pais (pois poderiam ter sido abortados como foram alguns de seus irmãos) e eles apreendem que matar é solução, incluindo a morte de seus próprios filhos com o consentimento de seus pais (avós de seus filhos)? Nada vale nada. Só o dinheiro tem valor, e pelo dinheiro, e pela ilusão de liberdade e poder, matamos, não só as crianças no seio materno, mas o querer, e o sonho daqueles que julgamos são nossos inimigos nessa terra, pois nasceram e disputam conosco o seio materno, a comida, a escola, os carros, os empregos, os espaços, o futuro, que no nosso doentio entender só a nós, e exclusivamente a nós, pertence.

Por isso matamos, porque não queremos admitir que a vida não nos pertence, então substituímos essa impotência pela morte do outro. Somos poderosos porque matamos. E matamos para nos sentirmos poderosos.

A face de Cristo na Cruz é uma imagem terapêutica do sofrimento humano, e exemplo do que fazemos com o amor. O matamos. Matamos Cristo e nele o Amor. Ainda que eu ou você não compreendamos essa mensagem na sua integridade, amar é sofrer, e fugir do sofrer é fugir do amor. Quando entramos em crise queremos nos livrar da cruz, isso é, fugimos das responsabilidades da VIDA, LAÇANDO FORA O SOFRIMENTO, a Cruz, LANÇAMOS FORA O AMOR, e desse modo pulamos de cabaça numa sociedade sem amor, violenta, sem valorização da vida ou respeito aos direitos alheios. O aborto é o símbolo eloqüente da violência contra o futuro, contra a esperança, contra a vida. Moisés ao anunciar a vinda do Messias, que nasceria de mulher, fez com que as mulheres judias sentissem vergonha da infertilidade, pois delas não nasceria o Messias. Hoje, quando vejo massivamente os judeus e seus meios de comunicação defendem o aborto, eu me pergunto, eles já não temem que o Messias esperado seja, ou tenha sido abortado? Não, eles sabem que o Messias já nasceu, é Jesus Cristo de Nazaré, e por isso, pelo amor de Jesus, que lhes desinstalava do privilegio (e egoísmo) de serem membros exclusivos de um povo escolhido, e os colocava em plano igual, pelo batismo, de todos os Góis, o condenaram, e por vingança, acusando-o de violar o Sábado, assim escondiam, na acusação, o seu egoísmo racial. Imaginem no Sábado – esse homem não vem de Deus-, Jesus, fazendo o bem, curando, ainda que, desrespeitando a lei dos homens (mestres judeus) para cumprir o máximo Mandamento do Amor Divino. Assim igualmente a fertilidade (vida) desinstala o egoísmo. Nos tira da paz de sermos servidos e nos coloca na dura realidade de servir. A fertilidade cura, a fertilidade preserva a vida. O filho do leproso nasce sadio. Curioso, não é interessante?
Não se trata de anti-semitismo a critica que faço. Trato aqui, isso sim, de lembrar a todos nós que o aborto poderia ter matado a Jesus Cristo (judeu), antes que ele realizasse a redenção humana. Esse ódio, aos filhos de Deus, aos pobres de tudo ( o pequeno ser) no seio materno, aqueles que não dependem apenas dos meios ideais de seus pais, mas que dependem da obediência das leis do amor, e nascem, sejam eles filhos da miséria, do estupro, da lesão, da loucura, da servidão, da falta de educação, da falta de recursos afetivos, pois a vida tem suas leis, e os desígnios de Deus, vão milhares de anos luz à nossa frente.


Mãe se você sofre com esse ser em seu seio materno, (indesejado!) não tenha medo, encha-se de coragem, (o Estado do Paraná estará ofertando o Primeiro Hospital Pró Vida Público do País) porque, ( obra no Municipio de Campo Largo) minha amiga, quanto maior o sofrimento, a insegurança, a angustia de ter um filho, maior a lição e a escola do amor. Amor de Deus é o óbvio. Desejar não é apenas instinto, é também ato livre, escolha de quem diz sim.

Escolha pela vida.
E ainda resta a adoção, muitos casais, gostariam de criar o vosso filinho.
Diz: Monsenhor José Maria: Não temas os começos (às vezes tão cheios de incertezas), e acredite, a verdade é que das menores sementes nascem às maiores árvores. Das sementes humanas, muito pequenas, nascerá um homem ou mulher, e não há entre as árvores, alguma (em especial) que possa eclipsar ou comparar-se a alma humana. Tenha Fé. A Árvore da vida, diz a Sagrada Escritura: esta protegida por uma espada de fogo. Se por algum motivo, que não me cabe julgar, você não a quer, bendita criança (mãe e filho), peça a Deus que alguém te queira e sofra por você (na verdade apenas entenda que Jesus já sofreu por você e, portanto te amou) e por esse motivo, por reciprocidade, diga sim à Vida. Ofereça a ele, como pai que é mais essa pequenina alma para que ele a cuide no seio dessa imensa família humana, pois somos todos irmãos. Apenas frequentemente nos esquecemos disso.
Antes de sair por ai defendendo o aborto, a esterilização, a anticoncepção e temor de uma explosão demográfica, a fome, pergunte ao seu coração: o que é a Castidade proposta por Jesus Cristo. O que é a solidariedade?
Wallace Requião de Mello e Silva.
Para o G 23 de Outubro.

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