Extinções & Extinções.
Por Wallace Requião de Mello e Silva.
Você já imaginou como seria o mundo, se os dinossauros não tivessem se extinguido? Um animal de 40 toneladas comendo as suas lavouras, e consumindo 400 quilos de verduras por dia, e atravessando as rodovias em bandos? Ou, ainda, outro animal de trinta toneladas, deitado e semi adormecido na escadaria da Catedral em Curitiba, impedindo a entrada dos fieis, enquanto um guarda municipal, munido de um guarda chuva pontudo, cutucando o couro intranspassável, tenta prudentemente, removê-lo dali. Não, isso não seria possível, pois a presença desses seres mudaria tudo, o aspecto das cidades, da arquitetura, da produção, e do comercio. Você consegue imaginar, esses animais defecando os seus dejetos imensos, em estradas públicas e você desviando de bolos fecais de mais de quinhentos quilos? A verdade, para nosso alivio, é que estão extintos e não conviveram com os homens. Ou seja, sua extinção não pode ser atribuída aos homens. Graças a Deus esses seres deixaram o planeta para nós. Comecei a pesquisar as noticias cientificas sobre a extinção de espécies. Consultei autores como Jean Piveteau, em “De Los Vertebrados al Hombre”, ou ainda Jean Jaques Salomon e Paul Hogarth em “Prehistory”. E em a “Idade da Terra” obra de diversos autores reunidos pela Editora Seleções Reader’s Digest. Ninguém diz textualmente, e claramente, mas os paleontólogos não poderão esconder por muito tempo uma verdade escandalizante: “extinguiram-se mais espécies e em maior numero de indivíduos, durante a história da vida, do que existem as espécies conhecidas nos dias de hoje. Os evolucionistas, e os ambientalistas, ateus e “conservadores” via de regra, escondem que desde o aparecimento da vida, segundo as suas hipóteses cientificas, no campo dos micros organismos, na vida subaquática, nos imensos pântanos, na flora e na fauna, terrestre ou aérea, e podem provar os paleontólogos, extinguiram-se através dos séculos inúmeras espécies mesmo antes do surgimento dos homens. Os restos mortais desses indivíduos que nos precederam, costumamos colocar nos tanques dos automóveis, é o petróleo (outra hipótese cientifica). Sobretudo no campo dos micros organismos as extinções foram radicais. Nos campo dos grandes organismos falta-nos a imaginação, mas sabe-se que tubarões de 18 metros, repteis voadores (pteros-sauros) com asas de seis metros de envergadura, (que voariam ao lado de nossos helicópteros disputando o espaço aéreo) árvores de 100 metros de altura, onde os homens viveriam em buracos em condomínios parecidos com os dos pica-paus. Tartarugas gigantes e outras curiosidades vivas extinguiram-se cerca de 135 milhões de anos atrás. E o homem, tal como conhecemos, é moderninho, ele vem do Holoceno que tem apenas dez mil anos (10.000) contando de hoje. Ate mesmo hominídeos do Pleitoceno, (cerca de 1 milhão de anos durou esse período) surgiram e se extinguiram nos últimos instantes desse período, para que surgissem os homens e não se encontrou prova de continuidade evolutiva (o Elo Perdido), no Holoceno, período que sucedeu o Pleitoceno. Eles dizem, e eu, nada digo, não tomo posição, pois minha intenção aqui é polemizar.
Nesse período, o Pleitoceno, laminas de gelo ligavam a Europa à America, a Antártida à Ásia, e somente ai, nesses míseros 1 milhão de anos que antecederam o Holoceno, a paisagem começa paulatinamente a se tornar parecida com a que conhecemos. Tudo o que existia ante se extinguiu. A separação dos continentes, a grande atividade vulcânica o crescimento das montanhas, os grandes movimentos telúricos aconteceram no Mioceno, cerca de vinte e cinco milhões de anos atras, quando o homem não era nem semente de homem. Curioso tudo isso. Isso me faz pensar em Deus.
Pois muito bem, sempre lembrando, que se pedirmos para um cientista destes que nos descreva em pormenores a casa e as relações de amizade de seu tetravô ele ficará atônito sem ter o que responder, todavia descreve como era o mundo há milhões de anos como se fora testemunha ocular dos fatos. Interessante tudo isso. Não seria um tanto de exagero, temperadas com alguma fantasia as tais descrições cientificas? Eles não podem desvendar um crime, ocorrido há 1500 anos, ou as relações de amizade de seus parentes cem ou duzentos anos atrás, mas podem testemunhar o intestemunhavel, como se fora uma realidade vivida em detalhes e não uma hipótese a ser confirmada na longa viagem da “maionese” da vida. Curioso. E nós acreditamos em tudo, mas não podemos acreditar num “Diluvio Universal” relatado na Biblia. Glaciações sim, aquecimento global sim, explosões cósmicas, sim, extraterrestres, sim, pré-história sim, Biblia, que se mostra um testemunho escrito do passado recente, e histórico da humanidade, não, nem pensar. Curioso tudo isso.
O homem é para si mesmo, o autor da vida, do planeta, o destruidor e ou preservador, o herói e o culpado, e ate, veja você, o criador de Deus. Agora, pensar que há um Deus mandando no pedaço, nem pensar. Porque se há alguém mandando no pedaço, alguém haverá de obedecer. E obedecer às leis de Deus, nem pensar, quando muito, obedecer às leis ambientais (ai, meus caros, mora o perigo) Pois o ambientalismo é a “regra do governo Mundial, o Cavalo de Tróia, para imperar.
Mas tomadas como verdadeiras as afirmações dos cientistas, o que se vê, é que a extinção das espécies é para a História Natural, e para a Natureza, é tão natural, como é para nós a perda de um velho parente. Fazemos tudo para que ele permaneça entre nós, mas ele vem a falecer, se extingue. É duro, mas é real. Não me parece que haja drama nisso, foi a extinção de alguns milhares ou milhões de espécies que nos permitiram estar aqui, assim dizem eles. Que bom, foi boa a extinção daquelas espécies, não é mesmo. Afinal estamos aqui. Como desconhecemos o futuro, quem sabe se não será boa a extinção de muitas outras espécies? E a nossa extinção, por exemplo, se sobrevier, dará lugar a outras espécies, não é?
Será então que podemos aceitar a afirmação de outro cientista, Levi-Straus, que diz: “O homem não existia no começo do mundo, e não existirá também no seu fim”. O homem se extinguirá? Curioso isso.
Para eles Deus não existe, ou se existe é um “ser etéreo”, o Jawé, o Verbo incriado e espiritualizado, muito diferente, e ausente, do Verbo Encarnado, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, O Cristo Jesus, o Deus Homem, que nos diviniza, e nos faz sobrenaturais, e se ele não existe, nem existiu como filho único de Deus, que importa, para Deus, o homem nesse contexto. Se Deus não existe, o homem é mais um ser biológico sem regras a obedecer. Se Deus existe, para os planos divinos que tantas espécies criou e tantas extinguiu o que será o homem? Perguntem ao Levi-Straus.
Eu quero apenas polemizar.
Bem; é escandalizante, nos dias atuais defender a extinção dos micos Leões Dourados. Mas não nos escandalizamos com a extinção do mosquito da Dengue, das aranhas marrons que infestam nossas casas, ou de uma bactéria que nos torna doentes, ou dos ratos que infestam com doenças da sua urina venenosa, ou uma praga que devora as nossas plantações. Dois pesos e duas medidas. Esses seres, enquanto nos incomodam, ou outros que no alimentam, não têm um papel importante nos eco sistemas. Defendemos o mico, com a boca cheia de carne de galinha. Do mesmo modo já nos parece razoável a extinção dos homens, em nome da preservação da vida de uma elite soberba. Ë o controle da natalidade dos pobres, e o aborto. Parece piada.
Extinguir no mundo invisível é mais fácil. E os mesmos cientistas que defendem o mico, pagam o mico de suas exterminações à extinção total, de insetos e micróbios, enquanto em laboratório, criam por manipulação genética, outros seres vivos. Autores da vida e autores da morte. E há ate mesmo os que pregam a extinção programada dos homens. Os negros pela AIDS, os inimigos pelo pó laranja, os deficientes pelo aborto. Os pobres pelo controle da natalidade. E outros há que querem condenar o homem, para preservar o Cão. Enfim o homem nada mais é do que um ser voraz, digno de reprovação e réu de si mesmo. Curioso tudo isso.
Afinal Deus não existe (dizem). E se existe, poderá Deus criar tudo, tirando tudo do nada, como foi feito desde o inicio? Ou não? Uma boa questão bem discutida em Gênesis.
Que sentido terá então preservar o homem e a vida. Ë Cristo que nos responde: Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ora preservar a vida é preservar a Cristo que é Vida, e preservar a Cristo é preservar o homem. No caminho, na verdade e na vida moral. Ora se a moral, diz ao homem o que deve e o que não deve ser feito, ou seja, baliza o agir do homem, se ao agir, o homem quer preservar a vida, essa escolha haverá de ser moral, antes, muito antes, de ser ambiental. Pois o ambiente do homem é o ambiente moral. Preservar a moral é preservar a vida do que é humano. Preservar a moral é preservar o homem espiritual.
Você não concorda... Então vamos extinguir tudo.
Wallace Requião de Mello e Silva.
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