segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Transgênicos aprovados pelo governo federal.

Transgênicos aprovados pelo governo federal.

Os políticos ingênuos também são enganados, mas não são inocentes, são omissos, a história comprovará.

Finalmente o Ministro Roberto Rodrigues deixa a pasta, as conseqüências ficarão e o objetivo do seu trabalho foi alcançado, motivo pelo qual peço que republiquem esse texto elucidativo, escrito por mim em 2004.

A ingenuidade às vezes parece ser uma virtude. Ela é muitas vezes confundida com a pureza. Outras, com a inocência. Acredita-se de algum modo que o ingênuo não tenha culpa, mas nem sempre é assim, às vezes indica omissão culposa.

Ingênuos, alguns políticos brasileiros fecham os olhos para o problema dos transgênicos. Eles dirão no futuro; mas eu não sabia.

Reparem os senhores que todos só falam do grupo Monsanto produtor de semente e agrotóxicos, para o qual, todos já sabem o Paraná, se estivesse exportando a soja transgênica, teria pagado, somente para esse grupo internacional, em um ano, US$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de dólares) só em royalties caso plantasse soja transgênica. Quem viu o Globo Rural do ultimo dia 21 de outubro, foi informado que esses Royalties subiram 50% no Rio Grande do Sul (lá se planta soja transgênica). Se isto estivesse acontecido no Paraná, estaríamos pagando 90 milhões em vez dos 60 milhões de dólares. Mas esse grupo não é o único grupo do setor a se beneficiar.

Há outros grupos mais fortes como vou explicar.

O Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, veio ao Paraná. Os ingênuos acreditaram em suas boas intenções, afinal, ele vem apressando a aprovação da lei de Biossegurança. Mas qual é o seu principal motivo? Como ninguém responde, a imprensa se cala, pensam os ingênuos, estaremos todos seguros. O Brasil defende-se dos transgênicos. Todos exultam. Que maravilha. Ledo engano.

Na verdade lemos na imprensa nacional uma serie de reportagens que dão uma pista sobre as intenções do Ministro. Site do Ministério da Agricultura 7/7/2004. ( diz o ministro: “Caso o projeto de Biossegurança ( como foi apresentado) não seja aprovado e regulamentado, os produtores de soja ficarão impedidos de cultivar e comercializar o produto geneticamente modificado nas próximas safras ( OGMT). Como vemos a preocupação do ministro era naquela data liberar o plantio e a comercialização de Transgênicos. Folha de São Paulo 25 de 6 de 2004: “Rodrigues pede Lobby para garantir próxima safra de soja transgênica” ( matéria assinada por Fabiana Futema da Folha ONLINE). Na mesma data na Folha ONLINE: Carlos Lovatelli presidente da ABAG ( Associação Brasileira de Agrobusiness ( vejam ...não agro negócios, mas Agrobusiness, para ressaltar a dependência e o interesse transacional) diz”: já estamos fazendo Lobby a bastante tempo para aprovar um substitutivo para a Lei de Biossegurança.

Lemos também em Folha de S1ào Paulo de 5 de 6 de 2004: “apenas 8% da soja plantada no Brasil é transgênica, e dessas 93 % esta no estado do Rio Grande do Sul”. O que comprava que ate então era mínimo a área plantada com transgênicos. E é obvio pretendiam aumentá-la.

O que os ingênuos não sabem é que o Ministro Roberto Rodrigues fez parte ativa do conselho administrativo da Fundação Bunge (Da Bunge e Borg). Carlos Lovatelli foi Vice presidente dessa mesma instituição, hoje chamada Fundação Santista. Uns dirão em socorro, e na defesa do ministro. Roberto Rodrigues e do presidente da ABAG; mas a Fundação trata exclusivamente de assuntos educacionais. Não é verdade. A Fundação como vou provar, reúne intelectuais brasileiro como um recheio de “Cavalo de Tróia” utilizado para burlar as resistências e se utiliza desses nomes para criar uma mentalidade favorável ao seu projeto maior. Ora senhores, a Fundação financiada pelo grupo Bunge y Borg arregimentou figuras importantes da intelectualidade brasileira criando uma opinião em favor do méga “Grupo Bunge y Borg” e da transgênia. O Presidente dessa fundação foi o ex. ministro e jurista Miguel Reale, o vice presidente justamente o senhor Carlos Locatelle (ABAG), e o Ex-ministro César Klabin Lafer (judeu) ocupou nela lugar de destaque. Outros nomes do Conselho Administrativo da Fundação ocupam cargos importantes no poder publico ou na própria Bunge Y Borg, como, por exemplo: Mário Barbosa Neto hoje presidente da Bunge Fertilizantes e ex. presidente da Fosfertil, Flávio de Sá Carvalho ex. alto funcionário do “Bank of America” vice presidente de operações financeiras internacionais, e diretor de recursos para os bancos da America Latina, atual gerente de recursos humanos da Bunge.

Bunge y Borg é um grupo judeu holandês, existente há quase 180 anos, que iniciou com o comércio de madeira, borracha e especiarias, depois passando para o trigo, e que esteve radicado por uns longos anos na Argentina sob o comando de Caravallos Hirsh (Judeu e descendente de M. Hirsh autor e financiador da colonização judia da Argentina em 1890) e é conhecido naquele país como o “POLVO” dado aos seus muitos tentáculos ávidos de mercado. Incrível coincidência. O governo LULA, que também é um pequeno polvo, encontra-se envolvido nos braços da Bunge. Ou seja, o grande polvo envolve em seus tentáculos o pequeno polvo, o LULA, e em certa medida o submete. O grupo é concorrente no campo da transgênia juntamente com os outros grupos tais como Louis Dreyfus (francês); ADM - Continental (USA); Monsanto-Cargil (iniciado em Mineapolis com as famílias Cargil e MacMillan (USA); e outros como André (Lausanne- Suiça) explorando a transgênia seja na soja, seja no algodão ou no trigo.

Hoje a “Bunge e Borg” é um grupo empresarial, industrial e financeiro, que possui banco, fabrica de tintas, indústrias têxteis, transporte marítimo, e ferroviário, fabricas de vidro, siderurgia e pecuária; e que é o dono no Brasil do grupo Santista e Alpargatas, por exemplo, (Tecidos e Moinhos). Sentiram a força do grupo? Mas tem muito mais, são suas as seguintes marcas: Delicia; IAP; Serrana; Ouro Verde; Primor; Mila; All Day; Maionegg’s; Soya; Salada; Mannah; Sol; Pety Bom; Boa Sorte; Seara; Moinhos Fluninense; Moinhos da Lapa; Moinho Catarinense; Moinho Curitiba; Moinho Paulista e outras empresas que se opõe à rotulagem dos transgênicos.

Roberto Rodrigues, que tem ligações funcionais com a Agroceres (ligada a Bunge y Borg) (Ceres Assessoria) foi membro do Conselho Assessor da Embrapa onde defendeu a transgênia, e é representante de diversos órgãos internacionais que regulam, imaginem vocês, o uso do planeta como se fosse uma grande fazenda particular dos grupos transnacionais. Os habitantes do Brasil (acreditem) são meros peões das suas fazendas. Acredito que esse fato estabelece o elo denunciado como o uso das “experiências transgênicas estatais” (EMBRAPA) órgão federal, justificam assim, como uma espécie de “Cavalo de Tróia” e introduzem o uso dos transgênicos no Brasil, pelas mãos do Governo Federal. Foi também, o nosso ministro, conselheiro do IAPAR no Paraná, quando se estabeleceu as suas relações com a COAMA. As experiências com sementes transgênicas na Embrapa, serviram, repito, apenas para justificar a introdução das sementes transgênicas no país, facilitando, ou melhor, asfaltando o caminho para grupos maiores como aqueles citados acima aos quais a Embrapa não tinha condições de concorrência. A Embrapa não tinha e não tem condições para produzir sementes em condições de concorrência com os grupos transnacionais. Seu esforço induzido serviu apenas para justificar o argumento das transnacionais: Veja o governo também produz transgênicos.

Hoje, o ministro, encabeça e apressa a luta para a oficialização dos transgênicos no país através da lei de Biossegurança. (Um crime, com conseqüências gravíssimas, segundo o pesquisador irlandês Aspad Posztat em entrevista ao programa “Milênio” de TV)

Como o Grupo Bunge e Borg tem hoje sua sede em NY (EUA) e é comandado por um brasileiro, Alberto Weisser (judeu); ex. diretor da SEARA, uma das empresas do grupo no Brasil, não é difícil explicar a urgência das providências tomadas pela Bolsa de Chicago junto ao Porto de Paranaguá (aliás, como já vimos conectada pela COAMO de Cascavel, que também manteve profundas relações com o ministro Roberto Rodrigues). Estreitaram, é verdade, para o controle absoluto, o gargalo de exportação paranaense de modo que, o Brasil, por essa via, não tente vender para a China para a Ásia ou Europa soja tradicional sem o “aval” e controle desses “Mega-Grupos” empresariais transnacionais, defendendo os seus interesses e também criando a estrutura de pressão comercial para facilitar num futuro de curto prazo, a comercialização de transgênicos, caso os paranaenses e seu governo insista na resistência.

Eles sabiam das intenções do Governo do Paraná de formar, num futuro próximo uma Bolsa Paranaense de Mercadorias e Futuros, e isso era, para eles, inadmissível. O Paraná não deve desenvolver nenhuma autonomia.

Veja o leitor que eu não estou fazendo nenhuma acusação, estou comentando fatos verdadeiros, pontinhos aparentes de uma grande montanha submersa. Uma realidade cruel. Um pequeno capítulo de crime contra a liberdade da humanidade.

Quem quiser saber mais sobre o assunto, leia os trabalhos do professor Fernando Roberto de Freitas Almeida “Grãos como Arma Alimentar” facilmente encontrados na Internet. Depois de controlada a comida, (agora patenteada e com donos bem definidos) virão às antecipações de credito sobre o carbono, onde nós seres vivos comuns pagaremos pelo ar que respiramos, enquanto os grandes grupos envenenam os ares com suas indústrias, e nos cobrarão as “reservas técnicas”. Desculpem o trocadilho, mas... “Nesse mundo pagão; pagar royalties é viver”. Primeiro, pagaremos royalties sobre a terra, agora sobre os frutos da terra, depois sobre a água e em breve sobre o ar que respiramos.

Adeus Liberdade. Adeus Soberania.

Wallace Requião de Mello e Silva.
Pesquisa & Texto.

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