Um texto para ser contestado.
via grupog23 de Grupo G23 em 03/09/08
Ong e Oscips.
Ferramentas de demolição dos Estados Nacionais.
Desde que as nações ricas e poderosas da terra, principalmente aquelas que exploraram inescrupulosamente as riquezas naturais da África, ao descobrirem-se dependentes de riquezas existentes em nações pobres, passaram a arquitetar, após as duas grandes guerras, modos e maneiras de corromper os Estados Nacionais e o conceito de soberania territorial, muitas foram então às estratégias testadas como balões de ensaio. A primeira delas, propostas pelas nações ricas foi uma necessidade de fundir grupos de nações em comunidades econômicas submetidas a uma lei geral, para ampliar o espaço territorial e como conseqüência o subsolo, fato com o qual esperavam criar uma “tendência a aceitar um governo mundial”. Desta estratégia encontramos um testemunho claro na Constituição Federal do Brasil, artigo quatro parágrafo único: “A Republica Federativa do Brasil buscará a integração política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”. Não se fala territorial, embora seja essa a finalidade oculta no amalgama das leis e culturas. Como conseqüência, tivemos na América Latina uma serie de “tijolos”, para a construção de um governo mundial.
A segunda estratégia, mais eficiente e sutil, foi à política ambiental, pois essa cria uma legislação que permite a intervenção dos paises ricos, em nome do meio ambiente, agindo sobre o uso do solo de paises soberanos em nome da preservação ambiental do planeta, ou seja, interfere-se gradativamente na liberdade de uso das riquezas naturais de um Estado Soberano (Brasil, por exemplo). Nesse pacote, montado como uma escada com diversos degraus vieram às noções de “Patrimônio da Humanidade”. Ele foi introduzido em primeiro lugar pela necessidade de preservar sítios históricos, os chamados tombamentos da Unesco por exemplo. E com ele entrava a ideologia intervencionista de socorro. Hoje, quem quiser pesquisar, encontrará provas seguras de intervenção sobre o uso do solo dentro da Comunidade Européia, (Portugal, por exemplo, já não usa o seu território com liberdade). A Comunidade Européia é outro bloco de construção estratégica de um governo único e Mundial.
Em terceiro lugar, foi a criação e apresentação ao mundo das ONGS e OSCIPES concomitantemente com a dita “democratização” e universalização dos meios de comunicação. Não, para que as nações pobres se comunicassem com as ricas, mas para as ricas venderem livremente a ideologia corruptora dos Estados Nacionais. Derrubando, assim, as resistências. Ora, toda firma, ou empresa privada, é em ultima analise uma organização não governamental, todavia elas restringem-se a lei fiscal e aos limites impostos pelos Estados Nacionais de modo a defender os interesses das nações livres e soberanas.
As ONGS (Organizações não Governamentais) são o fruto de uma figura jurídica internacional, criada em laboratório econômico-sociológico que foge aos regimes fiscais e aos interesses nacionais, (Não Governamental) e permite ate mesmo o ingresso de capital estrangeiro e compra de áreas de terra por potências estrangeiras dentro de territórios soberanos de Estados Nacionais Autônomos, minando a sua soberania, sem tiros e gradativamente. O mesmo se diga das OSCIPs, “Organizações da Sociedade Civis de Interesse Publico” como mais uma alternativa para quebrar as regras de defesa das licitações e concessões públicas, por exemplo. Se considerarmos que os Estados Nacionais vivem dos impostos dos cidadãos, todo o dispositivo criado para a sonegação fiscal, e liberação da transferência de numerário ou riquezas, enfraquece o poder do estado, incluindo os recursos para manter as suas forças armadas, seus exércitos; garantia militar de suas soberanias territoriais. A nação já não é dona do território, mas grupos privados nacionais e internacionais tornam-se donos do Estado. É justamente aí que entram as ONGS, burlando ate mesmo os mais elementares direitos trabalhistas, operando salários fora do regime, por exemplo, trabalhista brasileiro, ou fiscal, assim corrompendo a ideologia de soberania. Como você vê vamos transferindo gradativamente a jurisdição nacional para esferas internacionais, onde o julgamento de nossas causas e interesses não será feito na antiga “Liga das Nações”, ou na “ONU”, sua natural conseqüência, pois ambas fizeram parte explicita deste mesmo projeto imperialista, mas, diferentemente, serão julgadas pelo capital internacional sem fronteiras ou bandeiras, gerido por um grupo, racial, e objetivamente identificável. Ora, por exemplo, as nações ricas, não assinaram o tratado de Kioto, para reduzir a produção e a poluição, porque não podem parar e precisam dos minerais e fontes energéticas de outros países, enfim, fontes e matérias primas pelas quais não querem pagar, mas tomar sem restrições. Apropriar. Todavia algumas nações, em suas atitudes, denunciam a inviabilidade de um mundo sem fronteiras, pois as fronteiras garantem a liberdade dos povos, garantindo com elas a jurisdição de suas leis, portanto de seus costumes e tradições, e liberdades nacionais. A Lei Nacional impera dentro do território nacional. Enquanto o cinema estrategicamente, largamente orquestrado, empresta argumentos às leis internacionalistas, ditas “Espaciais”, ou seja, normas das guerras entre planetas deslocando o problema das fronteiras e induzindo a união global contra um inimigo espacial comum (ao mais perfeito estilo de Maquiavel), e assim propondo as “vantagens” de uma liderança mundial, um “Governo Mundial” enquanto no mundo real contraditoriamente nós assistimos Israel, por exemplo, construindo um muro de concreto para separar-se de palestinos. Ou, assistimos os EUA invadindo o Iraque para lhe tomar o vital petróleo. Um “Governo Mundial” será, infelizmente, a oficialização global da injustiça social e o fim das liberdades individuais. Todos os povos, e nações, deverão viver sob um regime monetário único, uma mesma fé e ideologia e um mesmo costume (Ethos), e quem ousar contrapor-se serão considerados TERRORISTAS. Nada será de todos, e todos obedecerão a algum grupo privado com poder econômico, seremos empregados de empresas e não cidadãos cooperadores de nações.
Os paises ricos não se desarmam, os pobres vêem seus exércitos sucatados por falta de recursos que são sangrados continuamente até as raízes através de dívidas externas impagáveis, e vêem o continuado desvio das riquezas naturais das nações pobres, (do Brasil, por exemplo) enquanto assistem omissos, ao desarmamento de suas populações, sejam civis ou militares. Os ricos se armam, não só de poderosas armas de destruição ao estilo de uma policia internacional, mas também, de tecnologia de prospecção e identificação das riquezas, e constroem laboratórios sócios econômicos de domínio. Assistimos a implantação de um verdadeiro “colonialismo imperialista”. Se, tomarmos como base, o que foi feito na África, pelas nações ocidentais e algumas orientais, não podemos ter uma mínima esperança de justiça social num regime de governo Mundial, pois da África tiraram e continuam tirando tudo sem a mínima preocupação dos povos que ali vivem. Os últimos conflitos mundiais também apontam diretamente para essa realidade. Esse é o quadro nada sutil da “exploração sem fronteiras” em um “mundo sem fronteiras para as riquezas, mas com fronteiras econômicas para as pessoas” da chamada economia global. A única fronteira que permanecerá é a que distingue os ricos dos pobres. Os poderosos dos subservientes. E as pessoas estarão impedidas de migrarem de um lado ao outro do planeta, como os pobres estão impedidos de freqüentar ou transitar nas propriedades e nas casas dos ricos. Assim, as fronteiras da exclusão e a imobilidade interclasses serão congeladas, pois será preciso, dada a necessidade de serviço, preservar os serviçais. O gado humano. Só não será gado o nacionalista, que lutará ao lado de seus irmãos pelos interesses nacionais e pela liberdade de autodeterminação dos povos contra os grupos empresariais transnacionais. E aqueles que resistirão à imposição de um governo mundial.
Wallace Requião de Mello e Silva.
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