sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Brasil pobre e sujo.

O Brasil pobre e sujo, vergonha para os ricos, dura realidade para os pobres.

Quando vemos imagens como essas, comuns no sul do Brasil e Mato Grosso, temos um orgulho de nossa pujança.

Vemos e não vemos ao mesmo tempo. Nestas vastas terras moravam homens simples e suas famílias e animais, domésticos e selvagens. Dedos grossos como conseqüência de seu trabalho com a terra, pés inchados e marcados, rins comprometidos pelos venenos das grandes plantações vizinhas, olhos habituados aos horizontes largos. Mas chegam as maquinas que substituem os homens, a agricultura intensiva cobiçante das terras alheias, onde famílias passam a ser despesa na contabilidade do agro negócio de exportação. Fora gente pobre e sofrida. Flora e fauna empobrecidas, solo venenoso. Meio ambiente desiquilibrado. Esses homens simples vagam como bóias frias, em busca de trabalho e terra, para por fim se amalgamarem nas periferias das cidades. Grandes ou pequenas cidades, eles e seus filhos em pouco tempo perdem as tradições dos campos, os olhos se tornam mesquinhos e sem horizontes, analfabetos quase sempre, tornam-se, profissionais do lixo.

Esse o Brasil pobre e sujo. Uma marca, um espaço como aquele quarto escuro de tralhas e coisas em desuso que todos temos em algum canto de nossas vidas. Diferente talvez, pelo numero de indivíduos expulsos para esse quartinho de tralhas da Sociedade Rica, um quartinho onde vivem apinhados milhões de pessoas em condições subumanas. Já não vêem mais uma galinha viva, nem cavalos, nem bois ou carneiros. Nem passarinhos. Suas terras ácidas de resíduos tóxicos do lixo nada produzem, são estéreis.

Os ricos, os remediados vêem essas plantações cinematográficas com orgulho e não pensam no custo humano desse falso sucesso, controlado pela flutuação artificial do Dólar, que sobe na época de comprar insumos e diminui na hora de exportar. O meio ambiente degradado é custo social muito mais elevado do que o lucro rápido e irrefletido dos Reis da monocultura.

Quero transcrever aqui um pequeno texto Bíblico, pois a Sociedade Brasileira não atenta, não presta atenção, que a fartura corrompe os valores fundamentais do equilíbrio respeitoso para com todas as pessoas, e só no ambiente pobre, onde a solidariedade é a medida da sobrevivência, o verdadeiro sentido da irmandade humana permanece. Ate que um rico qualquer, queira deles a vida, ou faça deles negócio, e as colham pelo vicio, pelo trafico, pelo comercio do sexo, pela escravidão, para alimentar as paixões subumanas dos ricos... Cegos de Deus. A ultima riqueza que um pobre perde, é a noção de Deus.

Grandes plantadores de soja, grandes pecuaristas, capitães do agro negócio, entendem de soja, gado, negócios, mas não entendem de Sociedade e Justiça Social. Um governador não é um fazendeiro, um pecuarista, um representante de multinacionais, um governador é um representante do Povo que o elegeu. Se a maioria de seus eleitores é pobre, aos pobres, cabe a maior parte do bolo social.

Leia e medite: No Brasil sujo, pobre e feio esconde-se a riqueza e o patrimônio de Deus.

Carta de São Tiago (Tg 2,1-5).

" Pois bem, imaginem que na vossa reunião entra uma pessoa com o anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, como sua roupa surrada, e vós dedicais atenção ao que esta bem vestido, dizendo-lhe: Vem sentar-se aqui à vontade; enquanto dizes ao pobre: fica ai de pé, ou então: Senta-te aqui no chão aos meus pés; não fizestes, então, discriminação entre vós, e não vos tornaste juizes com critérios injustos ?"

`"Meus queridos irmãos, escutai: Não escolheu Deus os pobres desse mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?"


Meditai. O tesouro de Deus é guardado pelos pobres. Tolos politicos que destimam os recursos públicos para os ricos. Embora sejam eleitos pela imensa maioria de pobres.

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