Nesse ante penúltimo texto sobre o assunto Coari( numa serie de dez), mostramos essa matéria do BNDS datada de 2007. Ela não responde a questão do gasoduto proposta abaixo. Você verá nela algumas contradições com o que já foi dito. No entanto a matéria indica alguns grupos econômicos que podem ser pesquisados de modo que o leitor compreenda a "Rede" que existe, sempre que se trata do verbete Energia.O resultado do dinheiro público aplicado em infra-estrutura milionária ou bilionária acaba , direta ou indiretamente, em mãos privadas.( exemplo pedágio, etc)
O texto:
BNDES aprova financiamento de R$ 2,49 bilhões para construção do gasoduto Coari-Manaus (AM)
Notícia do site do BNDES
• Projeto vai substituir óleo diesel importado por gás natural de origem nacional.
• Empreendimento do PAC vai gerar cerca de 36 mil empregos
O BNDES aprovou financiamento de R$ 2,49 bilhões à Transportadora Urucu Manaus S/A (TUM) para a implantação,
no Estado do Amazonas, do gasoduto de transporte de gás natural Coari-Manaus, com cerca de 383 quilômetros de
extensão. O projeto prevê ainda a construção de nove ramais de distribuição de gás natural para atender a sete
municípios amazonenses localizados ao longo do traçado do gasoduto tronco, além da instalação de um duto para
transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP duto), de 279 quilômetros de extensão, ligando o Pólo Arara, em Urucu,
ao Terminal de Solimões (Tesol), em Coari.
O empreendimento, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, deverá
gerar cerca de 36 mil novos empregos durante a fase de implantação, sendo nove mil empregos diretos.
O gasoduto Coari-Manaus terá capacidade para transportar 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Essa capacidade de transporte, no entanto, poderá ser ampliada em fases subseqüentes, de acordo com o
desenvolvimento do mercado, para até 10 milhões de metros cúbicos/dia, mediante a instalação de mais estações de
compressão ao longo de seu traçado.
A construção do Gasoduto Coari-Manaus permitirá que o gás natural produzido em Urucu, hoje reinjetado e
queimado, chegue até a capital do Amazonas e a outros sete municípios (Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga,
Manacapuru e Iranduba) para geração termelétrica e demais usos, em substituição aos derivados de petróleo,
principalmente o óleo combustível e o óleo diesel.
Entre os méritos do projeto, que implicará forte inserção do gás natural na matriz energética regional, destacam-se:
ganhos econômicos pelo aproveitamento comercial do gás natural produzido em Urucu; ganhos ambientais pela
substituição do consumo de óleo diesel e combustível por gás natural, com menor concentração de óxidos de
nitrogênio e de enxofre; e economia de divisas, ao possibilitar substituição de volume significativo de óleo diesel, em
grande parte importado, por gás natural de origem nacional.
A Transportadora Urucu Manaus S/A é uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para desenvolver o
gasoduto, visando permitir o aproveitamento econômico das reservas de gás natural da Petrobras, na Bacia do
Solimões.
Meio Ambiente
A Petrobras firmou parceria com o governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento
Sustentável (SDS), no valor de R$ 42,4 milhões, para a implantação de programas de promoção do desenvolvimento
sustentável nas comunidades da área de influência do projeto. Entre esses programas, destacam-se os voltados às
cadeias produtivas de castanha, mel, farinha de mandioca e madeira (planos de manejo florestal).
O projeto do Gasoduto Coari-Manaus conta com licença de instalação concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental
do Estado do Amazonas (IPAAM). O processo de licenciamento ambiental do Gasoduto Coari-Manaus envolveu
amplo diálogo com os órgãos governamentais do Amazonas, movimentos sociais, organizações ambientalistas,
entidades de classe, empresas públicas e privadas, profissionais, pesquisadores e lideranças políticas da área de
influência do gasoduto. Para a realização do EIA-RIMA, a Petrobras contratou a Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), que formou uma equipe composta por 57 pesquisadores.
Mercado
A Unidade de Exploração e Produção da Bacia do Solimões , localizada na Província Petrolífera de Urucu, a 650
quilômetros a sudoeste de Manaus, é responsável pela produção média de 60 mil metros cúbicos/dia de petróleo,
além de 9,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural associado. Esse volume faz do Amazonas o segundo maior
produtor nacional de óleo equivalente e, do município de Coari, o maior produtor brasileiro.
O petróleo de Urucu é de alta qualidade, sendo o mais leve dentre os óleos processados nas refinarias do País. Em
Urucu, encontra-se a maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Brasil que, em conjunto com
outras duas unidades existentes na região, têm capacidade diária de processamento de 1,5 mil toneladas de GLP e
9,6 milhões de metros cúbicos de gás natural.
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