Curiosidade do dia da Pátria.
Dessa vez eu deixei a maquina fotográfica em casa. Não levei a tradicional escada de alumínio que uso para elevar minha estatura e ter uma visão privilegiada. Não, dessa vez não. Queria comer algodão doce, disputar o espaço com as crianças, apertar-me no meio do povo, ouvir e sentir, como eles o amor à Pátria. Foi um show.
Logo na chegada vi um grupo de índios vendendo artesanato. Parei e perguntei: Vocês não vão desfilar? Eles responderam: ninguém nos convidou. Eta, baita luz. Ninguém os convida para se integrarem na vida nacional. Completei: você gostaria de carregar a bandeira Brasileira; sim respondeu sem hesitação. Mas nós os condenamos a ser um povo à parte, fora da nação, donos de uma mística falsa e produzida por interesses mesquinhos. É como, durante a Segunda Guerra, estávamos proibidos de falar com alemães emigrantes que estavam ajudando a construir o país porque poderíamos nos contaminar de idéias "estrangeiras".
Fica minha sugestão: Convidar oficialmente os povos indígenas do Paraná para o próximo Sete de Setembro. Daremos um exemplo à Nação. Uma revista de grande tiragem, publicou recentemente que 60% da população brasileira tem algum sangue indigena, essa a verdade ululante.
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