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domingo, 19 de abril de 2009

Nova luz para corrigir o passado.

Nova Luz sobre o Passado.
Este artigo destina-se ao Governador Roberto Requião. Ele foi retirado do Livro de nosso bisavô comum, Justiniano de Mello e Silva, cujo pseudônimo titulava-se A. Sergipe. Le e reli essas duas páginas, que reproduzo com adaptações, aqui, e para o bem de todos. ( Páginas de 580 a 581).

“Assim os bons governos devem evitar os dois escolhos: um o da adulação, que o conduz a dificuldades supremas e mesmo ao perigo; e o do silêncio, que é como um mar bonançoso, mas que ameaça protela. Os tripulantes das naus de Ulysses (Odisseu) são como a opinião publica dos Estados; e os comandantes, que amarram homens às vergas, tapando-lhes os ouvidos, são como os governadores do povo que lêem apenas pelos ouvidos. È isso que nos diz a frase latina: “ceram auribus obdere” ( tapar os ouvidos com cera). A leitura ( da realidade) dos déspotas é o murmúrio, o cochicho dos intrigantes; e aqueles que amarram os marujos( seus secretários e auxiliares na vida pública), como dizem que fez o rei de Ithaca, praticam uma ação tão estranha e despropositada, como a que vai descrita por essas palavras latinas: constrigere hominem quadrupedem. ( reduzir os homens a bestas).
A nossa interpretação do caso da Odysseia ( e aqui o leitor necessariamente haverá de ter uma introdução a mitologia grega) baseia em provas positivas: piscis ( peixe) fala também de mirmilo, que aparece na cimeira do capacete dos gladiadores. A palavra mirmillo se decompõe nos termos mirare ( pasmar espantar) e Millo, famoso atleta de Crotona. O Gladiador que pasma e emudece é, portanto, a maçã do cipreste ( conus), também chamada cupressi pílula, que pende sobre os túmulos. Esta ilação se prende, funde-se na palavra connus ( cimeira) ( à maçã do ciprestre), que faz ( também) referencia a pelota do arbusto funerário. ( o autor aqui neste texto prepara o contexto da podridão, ou fruto dos cemitérios ou túmulos, que se alimentam da podridão, fazendo uma alusão aos “sepulcros caiados”, ou seja, a hipocrisia, na bíblia chamada por Cristo de sepulcro caiado, limpo por fora e cheios de podridão por dentro). Por outro lado a sereia ( o autor refere-se ainda a Odisséia) se apresenta sobre a forma de vassoura ( syrus), o que mais uma vez nos leva a considerar as funções dos rins, a qual tende para a expulsão dos germens mórbidos que rolam na corrente circulatória ( fazendo alusão a necessidade de purgação dos elementos nocivos). Peixe ou vassoura instrumento anticético, ou fruto da podridão, eis em resumo o que se afirma pela palavra sereia (as sereias na aventura de Ulysses cantavam hipnotizando os marinheiros que acabavam batendo nas rochas e naufragando, donde hoje se conhece a expressão canto das sereias). O fruto é o malum (calamidade) e o aparelho depurativo figura como causa de renascimento ( novamente o autor faz referencia a figura bíblica do cingir os próprios rins). Sabe-se que scopae ( scopo, escol, elite) nos dá a idéia de virgultas, rasmuscules; e portanto, pela comparação ( simbólica) se descrevem ainda os rins ( cuja função é livrar-se da podridão). A parte superior das sereias aparenta a forma de uma mulher, e pars (mulher, ou, parte) encerra (simbolicamente a idéia de partido ou litigante, e também de modo de viver. O dever e a obrigação recebem o nome de “pars” (mulher, mãe) e o monstro (a sereia de Ulysses) representa a seleção que produziu o homem (lectio) e, portanto a parada que supõe a forma inferior do peixe na escala zoológica. (o autor tenta construir a compreensão simbólica da sereia como um monstro que representa a fusão do dever e obrigação racional do homem como o peixe, ser oriundo das profundezas do inconsciente, das massas reacionais). E CONTINUA: Si recorrermos para a demonstração à palavra monstro acharemos que ela exprime, não só a idéia de desgraça, como também de maravilha (no sentido de surpresa) sendo esses os dois pólos do destino humano; e como Ulisses não quisesse ouvir a voz da sereia, fica provado que ele impunha silêncio, amputando dessa arte, a parte racional e inteligente do animal fabuloso (a sereia), manifestada pela voz e pelo canto. Isto demonstra ainda que, pelo processo empregado para ensurdecer os companheiros de navegação (vida publica), que aqui figuram pelos auxiliares obrigados de todos os governos. Como se fala de atração sentida pelo Governante (monarca) a voz “modulosa” que é a dos ratos (mensageiros ocultos nos cantos da nau) (occentus), pois “musicus” prende-se ao radical mus, convém dizer que aquele piloto (Ulysses), imprevidente só prestava atenção (audiência) às murmurações interesseiras de gente perigosa.
Num dos casos figurados, o rei de Ithaca era realmente atraído pelas solicitações do egoísmo estranho, e, no outro (pólo) a sua impaciência se manifesta pela contração espasmódica que precede nos animais o coice, e por isso “atrair” nos dá também à idéia de enrugar (comprimir). Para se livrar do feitiço ( o canto das sereias - Carmen) que se resolve como já dissemos no pasmo dos rins ( na purgação dos venenos), Ulysses empregava uma ginástica salutar que o libertava das dificuldades ( maré), apresentada na fabula grega como marolas ( ondas, vagalhões). Ulex fala do mesmo tojo marinho que aparece na história com o nome de pater () o que melhor se comprova comparando o vocábulo simbólico, Ulysses, à frase que lhe corresponde ( o leitor devera ter conhecimento prévio da Odisséia para compreender a alusão feita pelo autor) que corresponde a “ Uros lictor lucis” ( boi carrasco da publicidade, ou das luzes). Já se vê que o “uros” grego é o mesmo que o africano, que enrugava as orelhas, quando as farpas da sátira (da imprensa) ainda estavam na aljava do Thesite, mas mudava de espécie para retorquir os golpes deferidos pela critica.
A página 584: “se propunha a governar o mundo pelo espanto e pelo silêncio imposto aos marinheiros”. Seus súditos, não mergulhavam prazerosamente no governo, daí a paralisia dos rins, e o veneno”





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