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terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Concupiscência da Carne.

A Concupiscência da Carne



O leitor de boa vontade deve saber que os moralistas católicos não brincam em serviço. Não pegam um tema na internet superficialmente e pronto. Para algumas definições morais e doutrinárias, sempre definidas pelo Papa, por vezes leva-se dezenas de anos e até séculos onde são estudadas todas as variáveis do comportamento humano e suas conseqüências. Assim, quando você, leitor de boa vontade, lê um artigo leigo como o meu, revista-se de prudência, pois as conclusões podem estar erradas. É, portanto, como muita humildade que eu escrevo esse artigo, e aconselho: na dúvida consultem-se as Encíclicas Papais e os grandes Moralistas.



A concupiscência.

Se formos a um bom dicionário, ou a Bíblia em João, ou ao Catecismo Romano, veremos que a palavra diz respeito ao apetite, a cobiça, ao desejo. Sobre modo ao ardente desejo do sexo, também chamado desejo, ou apetite da carne. Este desejo nos acompanhará durante toda a vida, nos diz São Paulo com a expressão, até o fim carreguei o Aguilhão da Carne. E ele era santo. Alguns autores nos dizem que o antônimo de concupiscência é incontinência, (não praticar o sexo) eu tenho a tendência a discordar.



Vejam o porquê. Quando Deus criou Adão e Eva, os criou com órgãos sexuais. Ou seja, antes do pecado original já poderemos supor que, em Genesis havia uma intencionalidade na criação do homem e sua companheira. Deus criou a carne humana e a dotou de desejo. O Genesis nos diz que Deus criou todas as criaturas, macho e fêmeas os criaram, e disse, multiplicai-vos. Donde dizer que a concupiscência vem do mundo, me parece redundância, pois Deus criou o homem da terra, (Não nos tire do mundo, mas nos livre do Mal) salvo se mundo aqui tem outro sentido. Pois Deus criou o homem espiritual e carnal, e o desejo da carne, assim como o seu órgão sexual foi criado por Deus. Sem o que não o teria mandado multiplicar-se.



Existem duas passagens do Evangelho, que nunca (ou raramente) são citadas pelos moralistas superficiais: “Se não resistes à concupiscência case-se”; e “O casamento é remédio para a concupiscência”. Ora, olhando superficialmente podemos concluir que a concupiscência é um inimigo a resistir, e uma doença que precisa de remédio.

Mas a realidade em nosso entorno nos diz eloqüentemente outra coisa: a Concupiscência é a nossa verdadeira mãe e o desejo de Deus o nosso pai. Como assim? Com exceção de Adão e Eva, e a concepção de Jesus Cristo, todos nós, incluindo a Virgem Maria fomos concebidos pelos desejos da carne, pelo ato e desejo sexual de um casal e pela vontade de Deus (sem o que não nos seria possível conceber).



Então qual é o remédio e a resistência para a concupiscência? Nas duas frases acima esta a resposta. Se não podemos resistir, nos casemos. Então está dito, se não podemos permanecer solteiros sem a cobiçada carne, tomemos o caminho do casamento. É isso que esta dito; A outra frase nos diz: O casamento é remédio para a concupiscência. Ora, mas o remédio, esta claro, é a satisfação dos desejos da carne no casamento que não pudemos resistir em solteiros. Essa responsabilidade de satisfação mutua esta bem expressa em outra passagem Bíblica: "O homem que repudia a sua mulher a induz ao adultério (e vice versa)". Ora, é tão grande a responsabilidade de consolo mutuo no casamento, que ao se negarem ao consolo entre marido e mulher (repúdio) ambos induzem um ao outro ao adultério. Pois o desejo e o apetite da carne, que não foi resistido quando solteiro, impõe-se ao casal por livre opção: Se não podes resistir à concupiscência case-se. E casar-se é consolar-se mutuamente sob pena de se sofrer o adultério. Com a satisfação do homem pela sua mulher, e da mulher pelo seu homem ocorre, podemos dizer, o resfriamento das paixões como o remédio trás o resfriamento da dor. Mas esse consolar-se, é preciso que se diga, não é apenas realizar o coito, mas é consolar as inúmeras necessidades sexuais, afetivas e emocionais que existem entre o homem e a mulher que escolheram livremente a seguirem junto o caminho da vida. Quando a Bíblia diz ao solteiro que não pôde resistir aos seus desejos que se case, é para preservar a prole, pois esses desejos se realizados levarão ao nascimento de novas vidas que precisarão do pai e da mãe de quem recebem a herança. Portanto para os que se casam é imperativo o consolo mútuo de qualidade. Para que nenhum dos cônjuges se veja impelido a procurar esse consolo fora do lar. Desse consolo mutuo nascerão naturalmente outros seres prolongando a responsabilidade mutua do casal. Mas prestem atenção em algo:



O próprio Deus nos criou com um ciclo de fertilidade seguido de infertilidade, donde sem esforço poderemos concluir que nem todo ato sexual será fértil, sendo assim, o homem e sua mulher no exercício do consolo mutuo realizarão atos férteis e inférteis, donde em absoluto não poderemos concluir que exista uma orientação para os homens e suas esposas se consolarem apenas na fertilidade, ou seja, praticarem o sexo apenas para a procriação. A Igreja nunca ensinou isso, e João Paulo II, em uma das suas cartas (encíclicas) deixa claro: O sexo entre o casal deve ser, ou estar aberto para a vida, para a concepção, e isso quer dizer, fique bem claro, que a Igreja desaconselha que o casal procure exclusivamente meios para o consolo infértil, estéril, pois Deus os criou Macho e Fêmea para que se reproduzissem, não apenas, para que buscassem a satisfação egoística das suas concupiscências (multiplicai-vos). Então fica-nos bem claro que os Homens e Mulheres se unem para o consolo mutuo e para a propagação da vida humana. (ver catecismo romano) Embora esteja também claro que o casamento é remédio para os desejos da carne satisfazendo-os moral e licitamente no casamento pelos motivos já ditos acima. Pois o casamento é o único sacramento cristão celebrado pelos cônjuges, tendo a Igreja na pessoa do Sacerdote como testemunha (ver Catecismo Romano) donde o Cristianismo reconhece a sua instituição natural desde o início dos tempos. É o homem e a mulher que se dão um ao outro. E se dão para serem um casal, e o casal acasala. E essa união, embora livre, é do desejo de Deus, pois leremos: "O que Deus uniu o homem não separe."

Todavia, posso dizer que o desejo da carne voluntariamente desordenado tem um efeito como o de um amontoado de palavras desordenadas sobre o papel, torna-se incompreensíveis, confusas, aleatórias permitindo múltiplas e confusas interpretações. O sexo é relacionamento, e relacionar0se é comunicar-se. A comunicação deve ser precisa, clara inteligível se quer ser eficiente e objetiva. Ora os desejos da Carne vividos desordenadamente, entre o casal constroem um texto moral e uma mensagem confusa e incompreensível para os cônjuges entre si, para possíveis parceiros externos (adúlteros) e para os frutos de seu amor, a prole, que terão claramente dificuldades de interpretação de suas próprias histórias pessoais no contexto relacional, familiar e de uma  moral incompreensível.



Qualquer dúvida sobre minhas conclusões recorram aos documentos oficiais da Igreja, mas não o façam pela Internet, pois na maioria das vezes estão alterados. Como quase tudo na Internet. Assim aconselho.



wallacereq@gmail.com


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