No inicio Deus criou os Céu e a Terra, e a Terra era vazia, deserta, silenciosa. (Gênesis)
A abordagem que trago aqui é obvia, original, simples e talvez por esse motivo tenha me passado despercebida por tão longo tempo. O conceito de inconsciente foi mistificado no final do século IXX e inicio do século XX principalmente por Jung e Freud. Daí eu não ter visto o que vos narro aqui. O mundo inconsciente é a consciência de Deus contemplada pela consciência humana.
Na frase do Genesis, usada como prólogos do texto verão a descrição do mundo inconsciente, vazio, silencioso, deserto. Ou seja, o mundo inconsciente também é concreto, não é apenas uma abstração no interior humano. O interior humano é parte mundo inconsciente e parte consciente, espiritual. Ora depois Deus criou os seres vivos, ou ANIMA +dos, mas a Terra e o universo inteiro continuavam inconscientes, existindo, movendo-se, agora já não tão silencioso, mas absolutamente inconsciente.
Então Deus criou o homem do barro inconsciente, como tudo o mais, e lhe sobrou nas narinas o Espírito de sua imagem e semelhança, a consciência. E viu que era BOM.
Vejam bem o mundo inconsciente é obra de Deus onde impera sua vontade sem contestação. O mundo inconsciente não é inimigo do homem, pelo contrario é o seu suporte material e anímico. O mundo inconsciente é projeto de Deus, obra dele, e está nos planos de sua consciência divina. Simples não é.
Agora Deus cria o homem consciente, como um co – autor da criação, e dá-lhe sua imagem e semelhança, e dá-lhe o livre arbítrio, ou seja, lhes faz imagem e semelhança da consciência divina. Ou seja, o mundo inconsciente não é inconsciente para Deus, é parte de sua consciência onipresente. Abstraído o homem e seu mistério, o mundo que fica, é o mundo inconsciente com suas regras de vida e morte, (alguns dizem que essas regras só surgem com o pecado original) com suas regras de transição. (se a semente que cai no mundo fica viva (permanece semente) permanece infecunda... mas se morre...)
Quando o homem vivia na inocência, (no Paraíso), o homem não entrava em conflito com a consciência de Deus e seus planos. A consciência do homem se harmonizava perfeitamente com o mundo inconsciente. Ao desobedecer a Deus pela primeira vez o homem soube do BEM E DO MAL, ou seja, divorciou-se do projeto da inocência primeva. Como nos conta o Gênesis. Então o homem que recebeu a consciência como um dom, o homem que recebeu a imagem e semelhança de Deus como um dom, o homem que recebeu a liberdade restrita por ser criatura e não criador (pois só Deus é livre) como um dom, o homem que foi feito cooperador consciente na obra da criação pelo amor, por um ato de desobediência, fruto do orgulho, opôs-se aos planos de Deus repetindo em si, o que já houvera acontecido no plano Espiritual.
Então o óbvio aparece. Só há conflito entre a consciência e o suporte inconsciente da carne humana, quando o homem se opõe a Deus e a sua Vontade. Isso ocorre cada vez que o homem se posiciona como capaz de ensinar a Deus, de ir à sua frente na criação, decidido por Deus os passos futuros.
Ora, mas também lemos essa interessante passagem bíblica: Entre vós não haja os que se supõem sábios, que presumam saber alguma coisa. Somente uma coisa deveis saber: Cristo e Cristo crucificado. Ora mas o que essa frase nos quer dizer? Ela quer dizer que o VERBO FEITO CARNE, se humilha, se deixando crucificar, ou seja, Deus se humilha por amor a sua obra. Esse o mistério da obediência e do amor. Parece claro que a mensagem é luminar e indicativa, nós os homens devemos humilhar a nossa imagem e semelhança de Deus, ou seja, a nossa consciência, para permitir ao mundo inconsciente que nos dê o suporte harmônico em beneficio da Vida. Ou seja, em beneficio da obra perfeita de Deus. A desobediência do homem repete o brado de Satanás: “ Eu sou tal qual ele”, ou seja eu sou também Deus. Ir à frente de Cristo não é segui-lo, pelo contrario é tentar fazer de Cristo nosso seguidor o que equivale dizer que queremos deus como nosso seguidor ao invés de aceitar as sua s realidades ordenadas para conservação do mundo visível e invisível, consciente e inconsciente. Cristo não salva a sua carne por um ato de orgulho e poder, mas pela aceitação do CALICE. Não há conflito entre esse dois mundos, o inconsciente mais velho, mais antigo, e obediente aos projetos de Deus, e o homem, espelhando a Luz de Deus, apenas lúcido para poder honrar, amar, servir, contemplar e reverenciar a obra de Deus. Esse o papel do mundo consciente: usar a liberdade de imagem e semelhança para, ao reconhecê-los em nós, amar o CRIADOR.
A análise da consciência é observar como ela se opõe à inconsciência, noutras palavras, é a observação de como a consciência humana se opõe á vontade de Deus.
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Ensaio primeiro.
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