Porto de Coarí na Amazonia Brasileira. Vejas as fotos primeiro e leia o longo texto, vale a pena.
Ver para crer, depois ler, para aprender.
Minério, bauchita e outros minerais.
Mina de Ferro, uma das maiores jazidas do Mundo.
Garimpo de ouro em Serra Pelada.
Minas de ouro na Amazonia assinaladas pelos Jesuitas.
Transamazonica, estrada, Veja o volume do corte da madeira.
Alternativa Amazonica, energia Eólica.
Amazônia Legal Brasileira e seus nove estados federados.
Fabrica de celulose no rio Jarí. Montada na Amazonia e construida inteiramente no Japão.
Trem carregado de madeira na Amazônia. Trilhões de dolares em madeira.
Madeira desce o Rio empurradas ou guiadas po canoas no alto Solimões.
Gasoduto da Amazônia comprova o grande volume de Gás de Petróleo e Óleo.
Minerio e ouro em Serra Dourada.
Torre de Petroleo na Bolivia fronteira com o Brasil.
Urucú, petroleo em exploração em plena Floresta, 60.000 barris dia.
Poço pioneiro do petróleo de Urucù, aqui começa a história das riquezas Amazônicas.
Wallace Requião de Mello e Silva
Governava o país , o PMDB, com José Sarney. A enorme jazida de urânio encontrada na Serra do Cachimbo na Amazônia Legal seria em breve, segundo os técnicos do IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas de São Paulo), enriquecido a 20% permitindo a realização de antigos e altos vôos do projeto energia nuclear (atômica) do governo brasileiro. Vinte anos se passaram e nunca mais ouvimos sobre o assunto. Quem teria explorado essa jazida? Como andariam as pesquisas no IPEN? O plutônio, desenvolvido pelo IPEN, que uso e que destinação teve? Qual a empresa que explora a Serra do Cachimbo?
Eduardo Galeano, autor uruguaio, em seu conhecido livro faz uma acusação um tanto seria. Diz ele: Na Década de 60 numerosas empresas norte-americanas, conduzidas pelas mãos de aventureiros e contrabandistas profissionais se lançaram ao rush febril sobre essa selva gigantesca. O autor não se referia apenas a Amazônia Brasileira, mas também, a Amazônia Boliviana, Peruana, Colombiana, Venezuelana e Guiana. Em seguida o autor diz: Com aviões da Força Aérea Americana sobrevoou e fotografou a região. Utilizavam equipamentos como cintilômetros (para detectar jazidas de minerais radioativos) e eletromagnet
rometros (para descobrir e medir o ferro, assim como o petróleo) e a extensão e profundidade das riquezas secreta da Amazônia. Tudo muito curioso, possível, pois em 1964, a ideologia dava essa prerrogativa ao Exercito Americano, que em nome da defesa da democracia, e do avanço das guerrilhas e da ideologia judeu marxista, (Marx era judeu alemão) que visitava com freqüências as nossas florestas e as florestas de países vizinhos. Enquanto empresas com capital internacional, curiosamente, exploravam metais preciosos na Região. Mas o mais curioso é o silencio e desconhecimento do brasileiro comum, aos quais me incluo, sobre as riquezas e potenciais dessa imensa área que nos pertence. Com o avanço da tecnologia, satélites estudam o solo do planeta, mapeando suas riquezas, e sonegando essas informações aos povos que as possuem.
Igualmente a revista Veja de oito de Abril de 1987 anunciava a descoberta de petróleo, no Amazonas. Imensa jazida se somava às muitas outras jazidas descoberta na Amazônia, como os campos de gás do Acre (onze poços), a jazida de Igarapé da Cuia, ou Igarapé Açu. As jazidas de Barreiros, Nova Olinda e ilha de Marajó são outros poços que uma vez descobertos ficaram anos lacrados ate serem novamente re-explorados. Agora, também os poços terrestres e marítimos do Amapá surgem numa região dita antes estéril. Passados vinte anos, a região Amazônica de Urucu, no alto rio Amazonas, possui algo em torno de 16 poços ativos, que produzem algo, somente na região do rio Urucu e Tefé, em torno de 60.000 barris dia. (na data em que escrevo o barril esta custando $ 77 dólares). Recentemente Blogs e o Site da Petrobrás, anunciam o investimento de quase dois bilhões de dólares, para perfuração de mais cem (100) poços na região Amazônica. (O investimento já nos dá uma idéia da expectativa da Petrobras na Amazônia) O petróleo na Amazônia foi negado, por mais de quarenta anos, pelos organismos internacionais, embora, a Petrobrás faça ali, em silêncio pesquisas desde o ano de 1954 um ano após ter sido criada. Essa convicção de existência de petróleo na Amazônia foi defendida pelo escritor Monteiro Lobato, em 1920. E foi na localidade de Itaituba, no Pará que o antigo SGMB (Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil) encontrou gás natural de petróleo no ano de 1925. Mas, se nessa região (Urucu Tefé) de mais de 100 quilômetros quadrados, hoje se produz petróleo suficiente para a auto-suficiência de toda a Região, e é apenas o começo, ali também se produz milhões de metros cúbicos de gás por dia. O leitor aprendeu que gás é uma riqueza menor, e surpreendentemente se sente decepcionado, cada vez que alguém anuncia a descoberta de Gás Natural, num poço de petróleo, como se Gás Natural não fosse um subproduto de alto poder energético, e comercial, oriundo e natural do petróleo. O poço que tem gás natural de petróleo tem óleo.
Numa síntese geral, pode-se dizer que os sítios indicativos da presença de petróleo na Região seriam esses: no Pará, a jazida de Itaituba, descoberto em 1925. Em Marajó, jazidas descobertas em 1950 e em exploração. Nova Olinda e no baixo Rio Madeira descobertos ainda na década de 50, poços ainda lacrados e promissores. No Maranhão os poços de Barreirinhas em 1968, lacrados por muitos anos e agora em produção. Em Cruzeiro do Sul no Acre, vários poços promissores e ainda lacrados, descobertos em 1936. Em Urucu, Tefé, e Juruá, descobertos em 1987 e em produção considerável. A Foto mostra o poço pioneiro de Urucu, o LUC-1.
Na foto de jornal acima vemos o mesmo poço pioneiro de Urucu, LUC 1, que produz hoje 60.000 barris dia de óleo na Amazônia. Afora o gás.
As bacias sedimentares do Norte de Brasil são como a própria Petrobras diz: bem promissoras. A Bacia paleozóica do Amazonas que percorre toda a extensão do Rio Amazonas e Solimões, desde o Acre ate a Ilha de Marajó são promissoras. Nela, hoje, se explora petróleo e gás nas duas pontas, (oeste e leste) e na região mediana, lembrando, todavia, que pouco mais a Oeste (na bacia do Solimões), na fronteira com a Amazônia Brasileira, o petróleo no Peru é explorado há anos por empresas como: Petrolera Fiscal (uma estatal peruana) e IPC; Peruvian Gulf ; Belco Petrolium; Texas Petrolium e British Petrolium, que exploram petróleo em nossas fronteiras há trinta anos como se tivessem uma reserva de mercado para a área. No Brasil nada. A Bacia paleozóica do Maranhão que cobre todo o estado do Maranhão e parte do Pará, onde, hoje, também se explora petróleo, confirma velhas teses. Desde muitos anos Orlando Valverde, do Conselho Nacional de Geografia, em “O Quadro Físico da Amazônia” e Sylvio Froés de Abreu em “Recursos Naturais do Brasil” vêm anunciando a maior probabilidade de se encontrar óleo a oeste do Brasil Amazônico, em razão de suas condições geológicas, do que a Leste, mas tudo indica, nós respeitamos timidamente a “reserva” de área das empresas estrangeiras na fronteiras da Bolívia, do Peru ( Acre) e Colômbia As jazidas que ultrapassam no subsolo as fronteiras, são exploradas como se nada tivessem com o Brasil..
As Fotos mostram atividade de extração de petróleo na Fronteira do Brasil com a Bolívia.
O petróleo no Acre.
A Tribuna do Acre, em 15 de Abril de 2007, diz: Em 1936 as primeiras notícias da existência de Petróleo no Acre chegaram aos ouvidos do governo federal. (...) Em 1938 os geólogos Pedro de Moura e Alberto Wanderley, depois de pesquisas em Cruzeiro do Sul, fizeram um relatório em que apontavam a existência de petróleo e a sua viabilidade econômica. Foi uma das primeiras contestações dos relatórios estrangeiros que desprezavam a Amazônia como região produtora de óleo.
Em 1959, o Jornal do Acre, também de Cruzeiro do Sul, (Norte do Acre e fronteira com o estado do Amazonas) relatava outra expedição e novamente a confirmação da existência do Produto (WWW.adbl.org.br). Nessa região os seringueiros lembram o cheiro forte de gás e da água quente jorrando dos poços. O engenheiro Newton Reis Monteiro, da ANP (Agência Nacional de Petróleo) estima que o Acre deva gerar três milhões de barris por ano, óleo de boa qualidade, e afirmou também que essa jazida era conhecida desde muito tempo, e que há, no Acre, onze poços furados e lacrados e que só não foram explorados à época por uma conjugação de fatores. Atribui principalmente às facilidades dos poços marítimos e políticas internas da Petrobrás a sua não exploração. Alem do gado, o Acre produz ouro na Serra do Divisor, e grande quantidade de argila, que pode subsidiar, com a energia dos poços de gás, indústrias cerâmicas e porcelanas finas. A Indústria madeireira é forte na região, carecendo de planejamento de sustentabilidade florestal.
Por falar em Gás Natural do Petróleo na região, é preciso lembrar que o Jornal Estado de São Paulo, de terça feira, seis de Dezembro de 2005, trás um mapa do caminho do gás na Região Amazônia, cujo gasoduto, percorre do norte do Peru, passando por Rio Branco no Acre, até Porto Velho em Rondônia, dali subindo a Urucu, com um ramo ate Juruá, de Urucu a Coari e dali ate Manaus. Também trás um estudo de um gasoduto que sai de Manaus a Macapá (no Amapá onde recentemente foram confirmadas as descobertas de jazidas de petróleo) e dali até a localidade de Tucuruí, no Pará. Como vemos esse gasoduto interliga as varias regiões petrolíferas da Amazônia Legal. Não só liga as diversas fontes de gás e óleo entre si, mas garante a comunicabilidade de combustível para as diversas indústrias de mineração através de termoelétricas a gás. As cifras são assustadoras e atingem muitos TRILHÕES de metros cúbicos de gás de petróleo. O valor do investimento também denuncia a certeza da viabilidade das jazidas amazônicas. Acontece que jazidas de gás intercomunicadas, pela teoria dos vasos comunicantes, não só “equilibram“ as riquezas, como tornam indiscriminadas as suas fontes, e portanto prejudica a quantificação da produção por fonte, e do seu uso e fonte original, operação das mais espertas, que dá o controle do comercio ao grupo transportador.
O petróleo no Amapá.
Além das reservas de manganês da Serra do Navio, explorada por concessão, concedida por cinqüenta anos pelo grupo “ICOMI”, subsidiaria “nacional” da mineradora Bethlehem Steel, e do xisto betuminoso (de alto poder), abre-se agora essas novas realidades, petróleo e gás explorado pela teoria dos vasos comunicantes.
Adeildo Bezerra e Chico Araujo da Agencia Amazônia (www.agenciaamazonica.com.br) afirmam que em 1987 que além das jazidas de Marajó, anteriormente descobertas, a presença de óleo e gás numa área que vai da costa do Piauí ate o Cabo Norte no Amapá é uma realidade incontestável. Dizem os autores que além da Petrobras outras empresas estrangeiras exploram a região como a BP Amoco (British Petrolium) que pesquisa em uma região tem 33 mil quilômetros quadrados. Recentemente a Petrobras anunciou a viabilidade dos poços marítimos do Amapá. Além da exploração em Macapá, e na Ilha de Marajó espera-se o anuncio de outros poços terrestres do Amapá. Poços exploratórios segundo esse Site estão em Santana e Mazagão. Deve-se lembrar que ali também existem jazidas de xisto. Alias falando em Xisto, esse mineral permite a retirada de todos os subprodutos do óleo de petróleo. Embora um tanto mais caro, o xisto permite total aproveitamento de suas jazidas. Na Amazônia Legal, existem as seguintes jazidas de Xisto, todas conhecidas e quantificadas: A jazida de xisto cretáceo do Maranhão; a jazida de xisto do Amapá; as jazidas de xisto devoniano do Pará e Amazonas, que são capazes, juntas, de produzir alguns bilhões de barris de petróleo e asfalto.
Madeira, uma riqueza de pelo menos seis trilhões de dólares.
Foi às margens do rio Jarí, entre o Amapá e o Pará, que se estabeleceu a indústria de celulose do projeto Jarí, hoje conduzido pelo Grupo CAEMI e Banco do Brasil. O Amapá, através da paralisada estrada Macapá-Oiapoque é a porta mais curta do Brasil através da Guiana Francesa como acesso ao Mercado Comum da União Européia.
A grande derrubada de madeira, sem remanejamento, ocorre de maneira ilegal e por madeireiras Asiáticas. Principalmente as madeireiras da Indonésia, China e Malásia. As fotos que seguem dão uma idéia do ritmo do processo. Todavia não são só eles.
Fabrica de Celulose à beira do Rio Jarí. Toda montada no Japão.
Amazônia Legal.
Você talvez esteja se perguntando por que pulo do Acre para o Amapá e o que tem isso com a Amazônia? Acontece que o conceito de Amazônia Legal, envolve nove estados da região norte do Brasil. A Amazônia Legal criada por leis da década de 50 e pela lei federal de 1966 compreende os estados do Maranhão, Pará; Tocantins; Amapá; Amazonas; Acre; Roraima; Rondônia e Mato Grosso Na verdade é uma preparação para a Pan Amazônia, uma área internacional, com soberania relativa ou limitada.
Quando estivermos falando das riquezas destes estados brasileiros, estaremos falando de 60% do território nacional, do mais rico subsolo totalmente desconhecido dos brasileiros do sul, o melhor filão do território brasileiro. Seja pela água, seja pelo gás, seja pelo Petróleo, seja pelo Urânio, seja pelas matas ou fauna, esse Brasil tem sido sistematicamente escondido dos olhos dos Brasileiros, escondido pela astucia dos capitais exploradores, que escondem do Brasil, a consciência de sua riqueza, e pelos meios de comunicação dificultam uma amadurecida e atualizada imagem da região, quase como se ele estivesse em paragens tão longínquas e inacessíveis, como se estivesse à parte do Brasil que amamos. Veremos nesse texto que ela esta mais próxima dos países estrangeiros, do que do alcance da iniciativa dos brasileiros empreendedores. Acobertada pelo manto da “prevenção ambiental” ela esta ali isolada dos brasileiros, ( dos olhos dos brasileiros) e livre para a exploração pouco fiscalizada de grupos estrangeiros.
Estabelecida uma imagem de mapa da região, podemos começar a avaliar o que esta em discussão quando tratamos da região Amazônica ( 60% do solo pátrio). Estamos chamando a atenção de que em manuais sobre a Amazônia se omite sempre as riquezas energéticas, como potencial hidráulico, capacidade de produção de álcool, materiais radiativos e óleo ou gás. Nunca se fez também, para a região, uma boa avaliação da geração de energia com geradores eólicos, pois sendo a região uma grande planície ela tem certamente as condições para o desenvolvimento da energia eólica. (eólica= geração de energia pela força dos ventos).
Cabe aqui fazer algumas considerações sobre o Hidrogênio e as Células de Energia, algo que eleva essa área de 60% do nosso território a um dos principais potenciais energéticos do mundo. ( ver o livro “ Hidrogênio, uma solução para o futuro da humanidade”)
Outro tema que nos passa despercebido é a questão do álcool na Amazônia. O álcool, como todos sabem, é um subproduto da fermentação. A fermentação tem dois subprodutos energéticos o álcool e o biogás. Toda matéria orgânica em fermentação produz em quantidades proporcionais o álcool e o biogás. Assim os dejetos da floresta, galhos e folhas que caem, produzem uma biomassa capaz de gerar álcool e biogás quando fermenta. Não só a cana, e outros grãos como o milho, ou tubérculos como a batata e beterraba produzem álcool.
O conceito de combustível, ou seja, aquilo que pega fogo, ou gera combustão, amplia em muito o espectro energético da Amazônia, pois a, madeira (hoje estimada em mais de seis trilhões de dólares), o carvão vegetal, o álcool da madeira, o álcool de tubérculos, da matéria residual ou biomassa em decomposição ou da cana, o linhito, o carvão mineral, o xisto, e o óleo combustível oriundo de grãos oleaginosos, vêm somar-se ao conjunto dos combustíveis viáveis para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal Brasileira.
Feita essa ressalva, encontramos, quase sempre desatualizadas informações sobre outras riquezas brasileiras na região Amazônica tais como: reservas de ferro; bauxita; sal gema; manganês; calcário; cassiterita; gipsita; linhita (OU LINHITO, UMA EXESSÃO à regra dos energéticos, pois a linhita (linhito encontrada ali em trilhões de toneladas) é hoje, moderno combustível para aviões a jato (desenvolvido na Universidade da Califórnia, USA) além de ter poder calorífico 40% superior à hulha, viabilizando a siderurgia local); o cobre; estanho; chumbo; caulim; diamante; níquel e ouro. Omite-se como se fosse uma heresia o petróleo e o gás natural. Como você vê e verá adiante, esses itens, apenas os não omitidos, e suas quantidades, por si só, são dignos de mover o país, embora essas riquezas venham sendo tiradas do Brasil durante os últimos quarenta anos sem a devida atenção do conjunto da Sociedade Brasileira. A Amazônia para os brasileiros deve permanecer intocada, velada, para os estrangeiros não.
Veja você: Hoje, os homens têm condições de avaliar a composição do solo de marte, ou a presença de água ou não em Saturno. Estações espaciais e satélites artificiais analisam o solo do planeta constantemente. Indícios são pesquisados em loco por cientistas disfarçados ou não, que vão mapeando as riquezas do planeta em silencio. Lutas políticas, e armadas são promovidas motivadas por essas riquezas “secretas”. Somente os brasileiros permanecem alheios as suas riquezas, quando, pelo contrário, o mundo todo as cobiça e em silencio as carrega. O brasileiro sequer é capaz de levantar os olhos cobiçosos sobre as riquezas alheias, é no mínimo interessante o fenômeno.
Quando Eduardo Galeano publicou seu livro “As Veias Abertas da America Latina ”, escrevia: “No Brasil as esplendidas jazidas de ferro do Vale do Paraopeba, derrubaram dois presidentes- Janio Quadros e João Goulart antes que o Marechal Castelo Branco, que tomou o poder em 1964 os cedesse a Hanna Mining Co. Outro amigo anterior do Embaixador dos Estados Unidos, o presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-51) tinha concedido à Bethlehem Steel, alguns anos antes, os quarenta milhões de toneladas do estado do Amapá, uma das maiores jazidas do mundo, em troca de pouco mais de um por cento para o Estado Brasileiro sobre as rendas de exportação; desde então a Bethlehem Steel esta transferindo as montanhas para os Estados Unidos com tal entusiasmo que se teme que daqui a quinze anos o Brasil fique sem manganês para abastecer sua própria siderurgia (hoje internacionalizada e privatizada por testas de ferro brasileiras ao capital inglês). De resto, continua o autor, a cada dólar que a Bethlehem investe na extração de minerais, oitenta e oito centavos de dólar correspondem a uma gentileza do governo brasileiro,... as ditas isenções fiscais em nome do desenvolvimento regional”
A proxima foto mostra Imagem da Transamazonica em 1972.
Se a famosa estrada de ferro, São Paulo Rio Grande viabilizou-se com a retirada da madeira no Paraná, em Santa Catarina, e no Rio Grande, veja quanta madeira a Transamazonica tirou. Foram milhares de quilometros. Que se fez dessa riqueza?
Era o ano de 1972 quando Flavio Alcaraz Gomes, jornalista prestigiado que tendo acompanhado a construção da rodovia Transamazônica escreve que os minerais já identificados e os em exploração, todos citados, à época, pelos relatórios do Ministério dos Transportes que era o responsável pela obra. Alcaraz escreve em seu livro : “Segundo o relatório oficial na imensa região sudoeste do Pará avulta, com extraordinária importância, a reserva ferrífera da Serra dos Carajás (isso trinta anos atrás). Avalia-se que essa formação ferrífera seja superior a quatrocentos milhões de toneladas encontradas com espessura media em torno dos cem metros e afloramento numa extensão de oitenta quilômetros desde a Serra do Norte ate a Serra Sul”
Hoje sabemos que o Pará, de Norte a Sul, de Leste a Oeste é rico em jazidas minerais. Encontraram-se ali jazidas de ouro, (Já conhecidas e mapeadas pelos jesuítas nos anos 1600) reservas de alumínio (bauxita); imensas reservas de ferro e de estanho. No estado do Pará, além do ferro (quase todo explorado pela Companhia Vale do Rio Doce, recentemente privatizada ) produz também cobre manganês, bauxita e ouro que são exportados pelo porto de Itaqui; no Maranhão.
A Foto tirada de livro histórico mostra o mapa dos jesuítas, assinalando as minas de ouro. O mapa não é original, foi feito sobre o original, corrigindo distorções geológicas.
No Pará é que está localizado o imenso garimpo da Serra Pelada e a recém descoberta jazida de ouro da Serra Leste apresentada no Governo Fernando Henrique Cardoso como a maior jazida de ouro jamais descoberta no Brasil (1996 ). A avaliação inicial apresentava uma jazida de cento e quinze toneladas de ouro.
Na foto vemos garimpeiros de ouro no Pará. (Amazônia Legal)
Quanto ao minério de ferro diz Alcaraz: “trata-se, portanto de uma das maiores jazidas de ferro do mundo, seu teor supera os 69% o que a torna uma das mais ricas conhecidas”
A extração de minério de ferro na Amazônia é já uma realidade incontestável. Em 1972 a empresa Vale do Rio Doce extraia cerca de: 825 mil toneladas ano. Escrevi esse texto em 2004 o reescrevi em 2007. (calculem quanto já foi retirado) Em, 1980, o projeto Carajás produzia na Amazônia 100 milhões de toneladas de cobre; um milhão de toneladas de manganês e 35 milhões de toneladas de ferro por ano. A Serra de Carajás fica a sudoeste de Marabá, e essa riqueza era escoada pelos rios com imensa rapidez. São trinta e cinco anos de escoamento dessas riquezas. O que você sabe sobre isso? O resultado dessa lavra, como foi redistribuído ao povo brasileiro?
Continua o autor: “o município de Marabá também é rico em diamantes, e os garimpeiros, com métodos antiquados ou modernos conseguem extrair volumes razoáveis. Em concordância já em 1972, o Ministério do Transportes já dizia: Nas proximidades de Marabá e ao longo do Rio Tocantins desde São João do Araguaia ate Arumatema, encontra-se um dos mais importantes distritos diamantíferos do país, correspondendo a dez por cento da produção oficial nacional.
Paulo Schilling, em “Brasil Para estrangeiros” nos diz:” O Brasil perde a cada ano a mais de cem milhões de dólares somente pela evasão clandestina de diamante em bruto”. Seria tudo isso um boato? Multiplique por trinta e cinco anos. É assustador. Some a isso o ouro a prata, o urânio, o petróleo..., multiplique pelos anos históricos e veja se não é uma injustiça que o Brasil mantenha seu povo em tais conhecidas condições de pobreza e desinformação.
Segue Alacaraz: “alem do diamante a Amazônia possui minas de ouro de existência comprovada como diz o relatório oficial... O ouro de Tapajós ocorre em leito de cascalho mal selecionado cuja espessura é de vinte centímetros”. Com tecnologia o Tapajós poderia produzir uma grande quantidade de ouro (isso dito trinta anos atrás).
Recentemente o comandante da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, disse a jornal paulista: ” A política indigenista brasileira esta na contramão da sociedade, conduzida por pessoas e ONGs estrangeiras” Falando sobre Roraima ( Amazônia Legal) disse: “ As ONGs, internacionais usam os índios como fachada, para dominarem nossas imensas jazidas de urânio,nióbio, e ouro confirmadas naquela área”. E contesta Porque elas não se instalam onde não há minérios? No mesmo jornal poderemos ler o seguinte: Segundo dados do Ministério das Minas e Energia, as jazidas de ouro em Roraima é a maior do mundo, superando em muito todas as reservas de ouro dos Estados Unidos. A jazida de nióbio do estado possui 14 vezes todo o nióbio conhecido no planeta, com potencial de extração para ate 1200 anos. Ainda há jazidas de cassiterita ( estanho) e de diamantes e urânio, que ainda não foram totalmente mensurada mas que, a partir de primeiras medições superam as jazidas conhecidas do Brasil” è surpreendente tudo isso.
Bem, o que vemos ate aqui é a pontinha do iceberg. As riquezas e potenciais dessa imensa região, que como já dissemos representa 60% do total do solo brasileiro, são estonteantes. Hoje a região possui algumas hidroelétricas poderosas, e termoelétricas, não produzindo e sustentando as populações ribeirinhas espalhadas ao longo dos rios, que continuam à margem dos progressos, logo eles que garantiram historicamente a nossa soberania sobre a região, mas produzem energia para sustentar empresas internacionais como a Honda da Amazônia e Sharp, ou grandes grupos mineradores, ou pesquisadores e exploradores de petróleo, ou grandes madeireiras asiáticas. Eu particularmente tive a oportunidade de estar na Amazônia por três oportunidades, 1976, 1988, 1992, e pude sentir o evoluir dos acontecimentos, restando para a juventude da região apenas a prostituição e o uso ou comercio de drogas.
Transitam pelos rincões da Amazônia mais estrangeiros empreendedores do que brasileiros. A foto que você verá a seguir mostra Coari, um porto embarcadouro de petróleo, e com essa imagem introduzo com poucas palavras (a imagem mostra mais) o estado do Amazonas, um dos componentes mais promissores da “Amazônia Legal”. Essa surpreendente imagem já tem alguns anos, hoje seu aspecto é bem mais futurista.. Soluções: sim elas existem, alguns fatos a serem desenvolvidos em suas legislações e nas suas estratégias.
A) Transferência temporária da Capital Federal para o centro da Amazônia.
B) Serviço militar obrigatório exercido, ao menos em três quartos, na área de fronteira da região Amazônica.
C) Os 18 estados brasileiros, que não compõe a região da Amazônia Legal, devem destinar parte de seus orçamentos e recursos humanos para projetos na Amazônia.
D) Criação da Brigada Á érea Civil de proteção e defesa da Amazônia.
E) Criação da alfândega da Ilha de Marajó, controlando mercadorias e cargas nos navios que deixam ou entram no Rio Amazonas.
F) Criação de alfândega no alto rio Solimões.
G) Restauração e retificação do projeto Transamazônico, tornando-o, se possível, leito de ferrovia.
H) Fomento da pesquisa cientifica na área através de parcerias com as universidades brasileiras.
I) Fundação de dezoito cidades laboratório em áreas de fronteiras, cada uma sustentada inicialmente pelo estado que a apadrinha.
J) Estatização do Sejam.
K) Criação de nova legislação internacional sobre a região amazônica brasileira, com vistos de turista diferenciados para a área (de apenas trinta dias), obrigatoriedade de pedido de naturalização, para permanência maior, submetendo os indivíduos interessados á legislação brasileira, revisão do direito de posse sobre áreas vendidas a estrangeiros, desapropriação dessa área por interesse nacional, e reintegração delas no plano de soberania nacional sobre a Amazônia Legal Brasileira.
L) Respeito e efetivação dos 150 quilômetros de largura de faixa de fronteira.
M) Acréscimo de 10 X 1, o contingente militar e policial na Amazônia Legal.
Uma analise mais aprofundada talvez tragam melhores proposições que as que trazemos aqui. Resta-nos elaborar um inventario das riquezas da Amazônia Legal, tabulando informações antigas, com as levantadas pelo Ministério dos Transportes durante a construção da Transamazônica, informações colhidas pelo projeto RADAN, e pelo projeto SIVAN; claro que faltaria ainda um levantamento das publicações estrangeiras, e de relatório técnicos de prospecção executadas desde o espaço.
Wallace Requião de Mello e Silva
Para o G 23 de Outubro.
Defendendo o Brasil que amamos.