Eu já tive a oportunidade de publicar em outro artigo, que a primeira noticia da presença de negros no Paraná se deve aos relatos de Alvar Cabeza de Vaca, na primeira metade dos anos 1500. Agora encontrei esse texto assinado por Samuel Guimarães da Costa que nos alerta para que houvesse uma tendência de tornar a presença do negro na formação negra do Paraná como muito modesta, senão inexistente como se lê na obra de Gilberto Freyre Casa Grande e Senzala.
Samuel Guimarães, pesquisando velhos documentos no Arquivo Público do Paraná trás alguma noticia numérica dessa participação. Existe também outro raro livro “Titãs de Bronze, obra do professor Michaelis, que nos trará, logo que possa lê-lo.
Vejamos: A distribuição geográfica das populações negras 30 anos antes da abolição, no Paraná assim estava descrita: No litoral, compreendido pelos municípios de Paranaguá, Antonina, Mortes, Guaratuba e Guaraqueçaba numa população global de 19.441 pessoas 3.311 eram negros (17%). No primeiro planalto englobando Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Votuverava, num total geral de 17.774 pessoas 1394 eram negros (7%).
No segundo planalto, compreendendo os municípios de Ponta Grossa, Palmeira, Rio Negro, Lapa, Castro, Tibagi, Jaquariaíva numa população geral de 20.151 habitantes os negros somavam 5065 (25%). No terceiro Planalto que englobava a longínqua Guarapuava e Palmas numa população geral de 3274 pessoas 547 eram negros (16%).
Por julgar importantes essas informações o G 23 dá ciência.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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