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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Armadilhas do Desejo

Estados irmãos na Amazônia.

O que escrevo aqui não é uma realidade, é uma idéia.
Todos sabem que o Paraná tam alguns estados irmãos, por exemplo; Ohio nos Estados Unidos, e Hyogo no Japão. Trata-se de acordos culturais, comerciais e tecnológicos que visam estabelecer o estreitamento das relações bilaterais entre estados irmãos. Mas porque firmamos acordos com estados estrangeiros e não firmamos acordos entre os diversos estados nacionais?
Preste atenção: pouco mais de 58% do território nacional, é formado pela Amazônia Legal. Grande parte desse território é ainda considerado território de desbravamento, carece portanto, de habitantes, tecnologia e eficientes meios de comunicação. São nove (9) os estados que formam a Amazônia Legal. Eles carecem muitas vezes de recursos humanos, tecnologia, energia e recursos materiais para o seu desenvolvimento sustentável, preservação de suas riquezas econômicas e ambientais e fiscalização de suas imensas fronteiras. Outros estados da federação já estão em adiantado estágio, possuem densa população, tecnologia agrícola e pecuária, e ambiental e tem condições de ajudar na ocupação formal desse território brasileiro internacionalmente tão cobiçado, e poderiam assim participar dos estudos de viabilidade , da fiscalização e preservação da Amazônia Nacional e ate, contribuindo com contingentes de estudantes, profissionais de pesquisa e liberais, colonos, populações urbanas e soldados, operários especializados etc. Somos 27 estados federados. Excluídos os estados amazônicos, restam dezoito estados federados, ou seja, dois estados para cada um dos estados amazônicos.
Acabo de ler o livro de. Messias Modesto dos Passos, titulado “Amazônia: Teledetecção”, se acrescermos os dados iniciais deste interessante livro aos dados do Atlas Cartográfico do Brasil (IBGE) elaborado encima dos dados colhidos pelo Radam, em mais de duas décadas, e dados já disponíveis no Google World, concluo que já de há alguns anos, se tem cientifica base de estudos para o aproveitamento mineral, (incluindo petróleo), vegetal, hídrico, agrícola e pecuário, químico, sem ofender a floresta e seus recursos hídricos. Esses 58% do território nacional não se compõe só de florestas mas de diversos tipos de solo, e clima, propiciando inúmeros diferentes projetos de viabilidade econômica sustentável, úteis para os naturais da Amazônia e aos demais brasileiros. Poderíamos escolher as áreas pela sua vocação, e vinculá-las aos seus estados irmãos correspondentes. Poderíamos criar uma “diferenciação fiscal” entre estados irmãos, de modo que houvesse facilidade no uso de recursos públicos e no intercambio de mercadorias ou matéria prima. Em primeiro lugar, assumiriam o protocolo de intenções os estados, e com recursos oficiais, vincularíamos sistematicamente os diferentes projetos em acordo com os governos dos estados amazônicos. Tudo interligado por uma rede especializada de televisão estatal, que daria publicidade e transparência a tudo.
Poderíamos, sem duvida, contribuir para o melhor conhecimento desse outro Brasil, o Brasil Amazônico que os brasileiros dos centros urbanos, máxime os do sul, nem ao menos se interessam em conhecer. Daí, vermos, na imprensas, noticias alarmantes de secas na Amazônia mostradas como se fossem grande novidade, quando secas e cheias alarmantes são fenômenos amazônicos bem comuns, e desde muito, para não dizer séculos, bem conhecidos.
Ninguém ama o que não conhece, e o brasileiro dos centros urbanos, via de regra desconhece a Amazônia Nacional, por isso não a ama. E por desconhece-la não se mobiliza para protege-la.

Wallace Requião de Mello e Silva.

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